Por: VanessabCoelho
Numa terra de minério e esperança,
Brumadinho viu-se em tristeza profana.
Onde outrora a vida era uma dança,
Hoje a dor e a saudade são a gana.
Nas entranhas da terra, o desastre
Desperta o pranto dos que ficaram.
Entre os destroços, um eco desastre
Das histórias que ali se enterraram.
O rio que antes cantava em seresta,
Agora chora lamentos de mágoa.
As águas que refletiam a festa,
Hoje refletem uma triste praga.
272 joias foram gravadas na lama,
Mas quase todas foram resgatadas.
Três joias ainda se encontram perdidas, CHAMAS
De esperança nas famílias abaladas.
Nathália de Oliveira Porto e Maria de Lurdes da Costa Bueno,
Nomes que ecoam em preces no vento.
Que sejam encontradas, num destino sereno,
Para que se fechem os círculos de tormento.
No coração da família, deTiago Tadeu Mendes da Silva,
A fé sustenta a luz da esperança.
Entre as dores que a alma compreende,
Guarda a certeza de uma nova bonança.
Que o resgate das joias perdidas,
Seja também resgate da fé.
Que nas histórias ainda não findas,
Encontremos forças para o amanhã de pé.
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